O percussionista pernambucano Eder “O” Rocha é integrante do Nação de Maracatu Estrela Brilhante (PE) há 15 anos. Em seu currículo constam experiências com orquestras e bandas sinfônicas, três discos com o grupo Ambrósio, um em carreira solo e um livro didático. Em 2005 fundou a Casa de Cultura Prego Batido (www.pregobatido.com), em São Paulo, que tem por objetivo ensinar sobre a cultura musical nacional através do ensino técnico de percussão brasileira.

No vídeo abaixo, produzido para o programa Mão na Massa (http://www.showlivre.com/canais.php?canal=3), Eder fala um pouco sobre os instrumentos que compõem o Maracatu de Baque virado.

Palavra que até mesmo Mário de Andrade tentou definir, Maracatu é uma manifestação brasileira com origem entre europeus, africanos e índios.
Diferente do que muitos possam pensar não restrito aos estados nordestinos e tem marcado presença por todo estado de São Paulo (no interior, no litoral e também na metrópole).
Vem se popularizando pelo movimento manguebeat de Chico Science e Nação Zumbi conquistando espaço no mundo jovem e se expandindo pelas diferentes regiões do Brasil.
Conheça um poco mais deste movimento bastante rico cltural e historicamente famoso pelo som dos tambores e a variedade de cores.

De raiz afro, o ritmo e a coreografia do maracatu foram aculturados no Brasil onde posteriormente incorporaram-se elementos de cada região. Entretanto, no fim do século XX, ele torna-se uma manifestação cultural limitada ao carnaval de Recife PE.

Dança dramática natural da África, o maracatu é um cortejo dançante que percorre as ruas na época de carnaval em alguns estados do Nordeste brasileiro e apresenta-se em agrupamentos denominados nações, como de Porto Rico, de Cambida Velha, do Leão Coroado etc. Os participantes improvisam as danças, sem coreografia determinada, e o conjunto reproduz um cortejo real de nação africana exilada: um rei e uma rainha, principes, damas, embaixadores, indios esplumados e dançarinas vestidas de baianas. Na forma tradicional, os cantos do maracatu ficam a cargo do tirador e do coro, e as melodias em compasso binário, são acompanhadas de um montante de percussão, com tambores chocalhos e agogôs.
Há dois tipos de maracatu (rural e nação). O rural nasceu entre os trabalhadores de engenho de Pernambuco e exibe porta-estandarte, caboclos de lança e de pena, damas de frente e cordaão feminino. Já o maracatu-nação tem origem nas cerimônias de coroação do rei Congo, ou congadas, em que o rei, a rainha e as figuras da corte desfilam em vestes suntuosas, no estilo Luís XV.